sexta-feira, 30 de outubro de 2009

É CAMPEÃO - Coração, Suor e Lágrimas!”



É com a mais abrasadora alegria que saudamos os Campeões da série prata da VI COPA OAB/PR; o LDTG – Loucos de Todo Gênero, que após um duro cotejo final se sagrou vencedor, levando o título e coroando uma brilhante jornada.
A incipiente equipe demonstrou crescimento gradual e constante, treino após treino, jogo após jogo, e agora pode gritar: É CAMPEÃO!
A formidável torcida organizada dos Loucos, a TOMB – Torcida Organizada Meu Baralho, ainda encontra-se extasiada com o título, e promete comemorá-lo por muito tempo. Na ilustração a recepção dos fanáticos torcedores.

O Jogo
Expectativa? Claro! Esperança? Sempre! Confiança? Na dose certa! Tranqüilidade? Pouca… ou Nenhuma! Não deu outra, o jogo final foi disputadíssimo e teve um desenlace dramático.
O adversário foi o Los Borrachos, agremiação cuja à campanha na competição sugeria uma sólida defesa.
Como de costume, os Loucos partiram ao ataque e mantiveram a postura ofensiva durante toda a peleja. Enquanto ao time do Los Borrachos, receio confirmado, se defendia com exemplar eficiência, anulando pontualmente jogadas e jogadores da esquadra LDTG (Rodrigo e Eric sofreram com a marcação individual adversária), o que afetou sobremaneira a saída de bola e as infiltrações pelo meio.
O LDTG mantinha o maior volume de jogo, entretanto, assustava apenas em chutes de longa distância ou em jogadas de bola parada, enquanto a equipe adversária criava as melhores oportunidades de gol em contra-ataques perigosos.
Não obstante as inúmeras oportunidades criadas, o Los Borrachos falhou muito em suas finalizações e o placar manteve-se fechado ao final da primeira etapa.
Professor Valnei tentou acertar o time no intervalo, promovendo um belo discurso para tanto, todavia, a tônica do primeiro tempo se repetiu no segundo, e, em lance de contra-golpe, o veloz atacante do Los Borrachos recebeu a bola em vantagem ao zagueirão Leo Bana, e com um belo toque de calcanhar abriu o placar da partida, 0 x 1 (.a bola passou por entre as pernas do zagueiro e do goleiro do Loucos, belo gol).
A equipe do Loucos não se abateu e foi em busca do tento de empate, que felizmente veio após uma bela trama do ataque, Eric “Marrentinho” deu um passe açucarado para Marcos “Gladiador”, que livre no segundo pau, empurrou a bola nas redes do adversário, alegria laranja e 1 x 1 no placar. A impressão era a de que finalmente o Loucos entraria nos trilhos.
Ledo engano, a partida continuou disputadíssima e novamente em um contra-ataque fulminante os adversários criaram a jogada do segundo gol, que veio após um chute forte da intermediária, no canto direito do goleiro Big Bana (que estava mal colocado, diga-se), 1 x 2.
Nesse momento a torcida já esperava pelo pior, a impressão era a de que o título ficaria para o próximo ano. Todavia, após um lampejo sobrenatural difuso, todos os bravos atletas laranjas foram tomados pelas palavras outrora proferidas pelo técnico Valei durante o intervalo e passaram a jogar com o coração.
Vale destacarmos que o técnico assumiu a equipe no meio da competição, sem nunca ter tido experiência como técnico. Uma aposta de Yuri “Chupador” homologada pelo presidente e zagueiro Leo Bana. Sem dúvida o professor Valnei se mostrou um treinador muito centrado e competente. Sem vaidades, conquistou seus jogadores e armou um sistema de jogo em que explora o melhor de cada uma de suas peças. Foi um dos grandes personagens dessa conquista e merece destaque.
Para os cuidadosos, segue um trecho da preleção, a qual utilizou das palavras do sábio Rui Barbosa:

o coração não é tão frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida. Há, nele, mais que um assombro fisiológico: um prodígio moral. E o órgão da fé, o órgão da esperança, o órgão do ideal. Vê, por isso, com os olhos d'alma, o que não vêem os do corpo. Vê ao longe, vê em ausência, vê no invisível, e até no infinito vê. Onde pára o cérebro de ver, outorgou-lhe o Senhor que ainda veja; e não se sabe até onde. Até onde chegam as vibrações do sentimento, até onde se perdem os surtos da poesia, até onde se somem os vôos da crença: até Deus mesmo, indiviso como os panoramas íntimos do coração, mas presente ao céu e à terra, a todos nós presentes, enquanto nos palpite, incorrupto, no seio, o músculo da vida e da nobreza e da bondade humana.

E, assim, está o coração, cada ano, cada dia, cada hora, sempre alimentado em contemplar o que não vê, por ter em dote dos céus a preexcelência de ver, ouvir e palpar o que os olhos não divisam, os ouvidos não escutam, e o tato não sente.

E o time foi só coração, não parou de atacar, as chances começaram a surgir e o goleiro adversário operava verdadeiros milagres.
No último minuto de jogo a bola caiu nos pés de Rodrigo “Digão”, suas chuteiras ardiam nesse momento, conduzindo a bola o prodígio infiltrou-se de forma magistral pelo flanco direito do gramado, ergueu a cabeça e cruzou. A bola passou milimetricamente pelo goleiro e zagueiros adversários até chegar em Fernandes. O artilheiro absoluto da competição (14 gols) não hesitou e em uma magnífica cabeçada balançou a rede, golaço!!! Ultimo lance de jogo, a torcida explodiu de alegria, 2 x 2 no placar.
A árbitra Sueli Tortura não deu acréscimos e ao final do tempo regulamentar apitou - fim de bola rolando - PENÁLTIS!
Nessa hora, costumamos dizer: “haja coração”. E o Loucos tinham de sobra. O sistema de cobranças funcionava com três cobranças para cada equipe, e em caso de empate, cobranças alternadas.
Na hora do sorteio de qual equipe iniciaria as cobranças, o Los Borrachos novamente levou mais sorte e obteve o direito de iniciá-las.
E assim foi.... 1 x 0; 1 x1; 2 x 1; 2 x 2; 3 x 2 Los Borrachos... tensão na torcida do Loucos... Um pênalti que vale o campeonato (Match Point)... Marcos Gladiador corre pra bola e solta a bomba!!!... alívio na torcida... 3 x 3!
Mas as emoções só estavam começando...
Na primeira cobrança da fase “mata-mata” dos pênaltis, 4 x 3 Los Borrachos... Novamente a tensão toma conta da torcida, segundo “match point”... Eric “Marrentinho” corre pra bola e.... Alívio na parte laranja das arquibancadas...4x4!
Segunda rodada do “mata-mata”... 5 x 4 Los Borrachos!... Olha a tensão ai novamente, e junto com ela a indefinição de quem seria o cobrador... Eis que Hoeldtke, o “homem-de-gelo” da equipe assume a responsabilidade... Vai pra bola com sua canhotinha e... bola de um lado, goleiro de outro! 5x5 no placar!
Terceira rodada do “mata-mata”, sexta rodada de pênaltis... Talvez ao ver que não adiantaria ficar ao lado dos laranjas, haja vista as excelentes cobranças, a tensão resolveu ir “brincar” do lado vermelho da disputa...
E lá vem o zagueirão do Los Borrachos pra cobrança... o Goleiro Big Bana encara o cobrador, bate as luvas com força e grita: (“Vo pega!”) ... E como todo goleiro que se preze, esperou a cobrança para então ir na bola... não deu outra... Explosão na Torcida dos Laranjas!!!
Logo a euforia deu espaço novamente à tensão...
Silêncio no Iraí. Outra vez a indefinição. Quem será o “carrasco” do Los Borrachos e desferirá o golpe fatal???
Eis que surge o “Impiedoso” Fábio Bana, que caminha em direção a marca do pênalti, ajeita a bola com carinho, faz um sinal de positivo para o goleiro Big Bana que estava à sua direita, respira fundo, corre para a bola e............ Gaveta!! a massa laranja explode de emoção! O Loucos de Todo Gênero é o Campeão! Fábio promove o derradeiro balançar de redes do certame! Que maravilha, na disputada entre melhor ataque e melhor defesa, levou a melhor a ofensiva mais poderosa, o esquadrão laranja! e a partir de então foi só festa para comemorar o primeiro título.


Viva o Loucos! Viva!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Queimem os navios!

Quem me apresentou a expressão “queimar os navios” foi o Chico na belíssima canção Eu te amo. Fiquei extasiado.

Há muitas atribuições a gênese dessa expressão, as quais invariavelmente remetem a históricos conquistadores como Agátocles de Siracusa, Hernán Cortez, Francisco Pizarro. Em comum entre todos a inclinação sanguinária, bravura e almas intrépidas.

Tomarei um desses conquistadores como exemplo. Mais: vou transcrever parte de um artigo escrito por Luis Marins intitulado A coragem de queimar as naus que narra com uma clareza que hoje me é fugidia.

“Agátocles, Tirano de Siracusa, numa expedição marítima contra Cartago, ao desembarcar, mandou queimar todos os seus próprios navios e marchou contra Cartago, cujos habitantes, derrotou. Fez isso para anular – para si próprio e a seus comandados – qualquer possibilidade de fuga ou de voltar atrás. Sem os navios, seria impossível recuar. “Queimar as Naus” significa, pois, ir em frente, sem sequer poder pensar na possibilidade de voltar ou desistir. Há vários exemplos na história, de comandantes valorosos que fizeram a mesma coisa. Dizem que os Vikings faziam o mesmo – ao chegar num porto para invadir um território e conquistá-lo – queimavam seus navios para impedir qualquer possibilidade de recuo. “Queimar as Naus” significa, pois, vencer ou vencer”!

Loucos, eis que se avizinha a hora da qual não haverá mais volta : burn the ships.

LPP

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Peito de remador!

Na canção Para viver um grande amor, parceria de Toquinho e Vinícius, o poetinha da uma receita exata para se gozar um verdadeiro amor. Tomei a liberdade de extrair uns versos e suprimir outros:

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso. Muita seriedade e pouco riso, para viver um grande amor.Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher. Pois ser de muitas, pôxa!, é pra quem quer, nem tem nenhum valor. Pra viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro E ser de sua dama por inteiro, seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada E portar-se de fora com uma espada para viver um grande amor....


Para viver um grande amor direito, não basta apenas ser um bom sujeito. É preciso também ter muito peito, peito de remador. É sempre necessário ter em vista um crédito de rosas no florista, Muito mais, muito mais que na modista!

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto, E até ser, se possível, um só defunto pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo, mas também com a mente, Pois qualquer "baixo" seu a amada sente e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia, doce e conciliador sem covardia.
Eu não ando só Só ando em boa companhia Com meu violão Minha canção e a poesia



Senhores, eis a receita para vivermos um grande amor de glória, de triunfo e de exultação!


Leleco Palhares di Peixoto

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

BATALHA DO IRAÍ

Neste último sábado, no “ringue” do CT do Irai, duelaram LOUCOS e “X9”, e ao melhor estilo “Rocky Balboa”, deu “LOUCOS”.

Valendo vaga para a final da série prata da VI Copa OAB/PR de futebol suíço. O Loucos buscando manter o retrospecto no campeonato, média de 8,75 gols por partida, com 3 vitórias (de goleada) e apenas uma derrota; o X9, equipe tradicional no certame, por outro lado, buscava a reconciliação com o bom futebol apresentado em campeonatos pretéritos.

Entretanto, antes do início da partida, um fato curioso encheu o Loucos de motivação para o duelo. O fato inusitado se deu quando o representante do “X9”, prevendo o pior dentro do “ringue”, dirigiu-se a mesa coordenadora do jogo para verificar se havia alguma forma de abalar o Loucos extra-campo, exigindo que o “Professor Valnei” se retirasse da área técnica destinada aos jogadores, haja vista ser apenas um torcedor, sendo o pleito acatado pelo juiz com conseqüente expulsão do mesmo do banco de reservas.

(Ressalta-se que o Loucos rejeita qualquer artimanha extra-campo. “Futebol é decidido dentro de campo.” (Lembrando aqui a louvável atitude do capitão do Estrela Vermelha que permitiu que o atleta Yuri jogasse naquela oportunidade mesmo não estando com seus documentos em mãos.) Talvez agora compreendemos melhor o por quê do nome X-9...)

O nervosismo extra-campo parece ter refletido nos jogadores e, principalmente, no juiz, acirrando a disputa pelo direito de disputar a final da séria prata do torneio.

Logo no início da partida o juiz assinalou falta inexistente para a equipe do X9 no setor esquerdo de ataque. Na cobrança da falta, em falha de marcação na ala esquerda, Pedro aproveitou e só empurrou de cabeça para o gol, abrindo o marcador.
A Equipe dos Loucos, ainda tentava se encontrar em campo, quando em jogada pela esquerda do X9, Pacheco foi fazer a cobertura do Mini Craque Almir e cometeu falta forte no Japonês voador, culminando com contusão de ambos os jogadores e com expulsão de Pacheco do campo (mais uma vez... O atleta Pacheco representa bem o que é ser um Louco de Todo Gênero...).

Com um a menos e com o placar adverso, esperava-se uma verdadeira avalanche da equipe do X9, mas o que se viu foi o contrário. O Loucos dominou o meio de campo, empurrando a equipe adversária para a defesa, buscando incessantemente o gol de empate e da classificação (empate favorecia ao Loucos pela melhor campanha realizada).

Com o nervosismo tomando conta da equipe do Loucos, o X9 passou a administrar o jogo, dando chutões para qualquer lado, com o fim de preterir o reinicio da partida, haja vista a desorganização da arbitragem, que não se precaveu em exigir ao menos três bolas para reposição. Como se não bastasse tal situação, o árbitro da partida não utilizava seu instrumento (apito) de forma imparcial, haja vista ter deixado de expulsar jogador da equipe do X9 em falta cometida no avante Eric ainda no primeiro tempo, o que causava mais indignação nos suplentes do Loucos, em especial do atacante Peter Crouch, que reclamou de forma exagerada (ao entendimento do juiz) e acabou expulso de campo, sem sequer participar da partida.

Mas os erros grosseiros da arbitragem seriam recompensados pelo goleiro do X9 que, em cruzamento de Rodrigo, tentou agarrar a bola, mas a pelota escorregou de suas mãos, passou por baixo de suas pernas e entrou no gol, fazendo o gol mais bizarro do certame e enchendo o Loucos de moral.

O empate, pela campanha realizada, favorecia ao Loucos e assim o nervosismo mudou de lado. Buscando o gol a do todo momento a equipe Azul chegou perto do gol, mas o melhor “Back” do campeonato, o capitão Leonardo Bana, salvou em cima da linha. A pressão continuava pela equipe do X9 e o Goleirão Big Bana fez defesa milagrosa, salvando, mais uma vez a equipe do Loucos. Tomando pressão e jogando nos contra-ataques, o Loucos começou a utilizar a mesma estratégia dos Azuis quando ainda estavam ganhando: chutão para todo lado, para retardar o reinicio da partida.

Eis que... “o feitiço virou contra o feiticeiro” e o X9 provou de seu próprio veneno. Sem pressa para reiniciar a partida e já no final da primeira etapa, o zagueiro Lucas foi caminhando sem pressa para buscar bola que se encontrava próxima ao banco de reservas do Loucos, e o atleta azul, visivelmente nervoso, não se conteve e agrediu o zagueirão, sendo justamente expulso da partida.

Final da primeira etapa, tudo igual, um tento para cada equipe e um jogador a menos para cada lado, o que nos levava ao forçoso entendimento de que a segunda etapa seria ainda mais equilibrada.

Equívoco!!! O Loucos voltou com mais vontade do que no final do primeiro tempo, e logo no início da segunda etapa o artilheiro Fernandez cabeceou para o gol e o zagueirão azul tirou a bola com a mão, penalidade máxima assinalada!!! O que é igual a mais um tento na conta do artilheiro Fernandez.

Três minutos depois, Eric aproveitou lançamento e com categoria só deslocou o goleiro adversário, aumentando a vantagem laranja.
A equipe do X9 já não se encontrava mais em campo, enquanto a equipe do Loucos continuava dominando a partida e tocando bem a bola. Muito nervosa em campo, a equipe Azul ficou com um jogador a menos, quando o zagueiro fez falta forte em Marcos Gladiador, levando assim o segundo amarelo e indo para o chuveiro mais cedo.

O jogo que já estava dominado pelo Loucos, ficou aberto e as chances não tardaram à surgir. Chances criadas e não desperdiçadas, chegando ao quarto tento com Fábio, ao quinto com Marcos e ao sexto novamente com Fabio.

Antes do final do jogo, ainda, o árbitro não assinalou pênalti claro em Eric.

Final da batalha no Irai, seis a um em favor da Laranja Mecânica, vaga na final e acesso à série ouro assegurada logo em seu primeiro ano de participação na disputada Copa OAB/PR de futebol suíço.

Agora que suba ao “ringue” o Los Borrachos!!!